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Entrevista – Parte I: Os 5 Continentes e o Sonho de um Motociclista

Deserto E-lut Irã
Dasht-e Lut, também escrito Dasht-i-Lut, grande deserto de sal no sudeste do Irã.

É com grande satisfação que o Blog Vamos Agora apresenta aos seus leitores uma entrevista com um dos motociclistas mais incríveis que já conhecemos, Raphael Karan, realizador de um projeto que para muitos representa um sonho, conhecer os 5 Continentes com sua motocicleta.

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Raphael Karan.

Raphael Karan é palestrante motivacional e de vendas, nascido em São Paulo – SP, onde vive atualmente, é autor do livro Projeto 5 Continentes – Uma viagem de descobertas pelos confins da Terra. Administrador de empresas e ex executivo, idealizou o projeto 5 Continentes, percorrendo sozinho, de moto, durante oito anos, 60 países da América, Europa, Ásia, Oceania e África.

Elefante Índia 2
Elefantes na Índia.

Blog: Primeiramente queremos agradece-lo pela entrevista, é uma honra para o Blog Vamos Agora falar sobre sua experiência e aventura pelos 5 Continentes.

Apesar de contar no seu livro que este sonho teve início depois de ler em uma revista a história de um colombiano que largou tudo e passou 8 anos viajando pelo mundo em uma singela motocicleta, quando realmente o projeto de viajar pelos 5 Continentes tomou forma? Qual foi sua primeira ação para isso acontecer?

Karan: Acredito que as dezenas de livros que li sobre viagens, descobertas, aventuras etc. contribuíram para que eu acreditasse que o meu sonho era factível. Se havia dado certo para tantas pessoas, poderia dar certo para mim também. Eu queria transformar minha vida ou a mim mesmo em algo mais interessante do que um executivo de vendas bem sucedido, trabalhando em uma grande empresa. Gosto de pensar que somos senhores do nosso destino. Podemos alterar o rumo de nossas vidas, escolher um novo caminho…

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Criança que caça para ajudar alimentar a família – Laos.

Blog: O projeto 5 Continentes foi sua primeira grande viagem? Ou já havia realizado outras, nem tão longas, mas que influenciaram na sua decisão?

Karan: Já havia realizado várias viagens de moto dentro e fora do Brasil, mas a que me convenceu que era possível uma volta ao mundo foi em 1993 quando havia sido demitido de uma agência de propaganda na qual trabalhava e resolvi ir para a Europa, comprar uma moto e viajar o continente. Percorri a Itália, Suíça, França, Espanha, Portugal, Inglaterra e Escócia.

Cordilheira Karakoram
A barraca companheira nas noites frias.

Blog: Quando chegou ao Alasca e montou sua barraca à margem de um lago, foi dormir sem jantar e durante a noite entrou água de chuva por todos lados, você pensou em desistir?

Karan: (risos) Houve muitas situações difíceis durante a viagem, mas as encarava como qualquer outro problema que temos em nossa vida profissional, social, familiar. Se a cada dificuldade pensarmos em desistir, não chegaremos a lugar algum. Os inteligentes aprendem com as dificuldades, outros lamentam delas.

Chapéu
Praça Vermelha em Moscou, ao fundo a Catedral de São Basílio.

Blog: Pelo seu relato sobre a passagem por Moscou na Rússia, apesar da importância histórica que significou, você a classifica como o destino menos acolhedor?

Karan: Não. Se dois viajantes ou turistas cruzarem um país em uma mesma época, visitarem os mesmo lugares, conhecerem as mesmas pessoas e passarem por situações parecidas, provavelmente cada um deles descreverá sua viagem de maneiras diferentes. Isso por que nós somos pessoas diferentes umas das outras, com gostos e costumes distintos. O moscovita de uma maneira geral para mim pareceu um pouco duro, mas já ouvi relatos completamente diferente do meu. Conclusão – evite se posicionar como um antropologista se passou duas semanas percorrendo vinte países europeus em um pacote de turismo e concluiu: O parisiense é rude, o Italiano é …

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A cultura árabe – muçulmana é de hospitalidade acima de tudo.

Blog: Rezar na Mesquita Azul em Istambul e conhecer a Haka, a dança praticada pelos Aborígenes da Nova Zelândia, foram entre tantos, os dois momentos mais marcantes quando trata-se da cultura dos povos?

Karan: Os mais preciosos momentos foram aqueles que vivi na intimidade dos lares das pessoas que conheci e me acolheram. Pude sentir o quão bem-vindo fui, por famílias que independente de sua condição social me tratavam como um hóspede e faziam de tudo para que me sentisse bem. No momento de despedir-me de pessoas que convivi dois ou três dias, choravam me desejando sorte ou pedindo para ficar mais.

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Paquistão.

Blog: Quando as Torres Gêmeas foram atingidas em 11 de setembro de 2001, você estava em uma país vizinho ao Afeganistão e conta que não se sentiu em perigo ou ameaçado, o que sentiu daquele povo?

Karan: Estava no norte do Paquistão, mais precisamente na Caxemira e nada parecia ter mudado com relação aos eventos de 11 de setembro. Sabendo da minha insistência em permanecer por ali, minha irmã me obrigou a telefonar para ela a cada dois ou três dias impreterivelmente, sob pena dela me matar quando voltasse, caso ainda estivesse vivo. Passaram-se alguns dias e então recebi uma mensagem do superintendente do Shopping Anália Franco, que me patrocinava, dizendo que infelizmente teria de suspender a verba, caso eu não saísse do Paquistão, pois se ocorresse algo de ruim comigo meu nome estava vinculado ao nome do Shopping. Decidi ir para Índia. Quando retornei ao Brasil, descobri que minha irmã havia convencido o superintendente a me ameaçar com o corte de verba, porque eu não queria sair do Paquistão. Por pouco meu cunhado não se tornou viúvo.

Há uma imensa parte da população americana e de outros países que não acredita na versão oficial do governo americano sobre o ocorrido. São tantas as perguntas sem respostas que já foram escritos pilhas de livros, construídos centenas de sites e blogs, palestras, vídeos, filmes, com profissionais das mais diversas áreas, que afirmam ser impossível que as torres tenham caído por terem sido colididas por aviões. Na poeira dos escombros, foram encontrados muitos vestígios de “Nano-Thermite”, sofisticado explosivo de uso restrito das forças armadas, que facilmente derrete aço, material usado na estrutura das torres. Profissionais especializados em demolição e engenheiros afirmam que as torres caíram em velocidade de “queda livre”, sem resistência da estrutura metálica, tal qual uma implosão. Pilotos de avião afirmam ser impossível que sequestradores, sem experiência em grandes aeronaves, tenham conduzido os aviões em rota de colisão às torres como alegam as autoridades, ainda menos provável conduzi-lo e chocá-lo contra o Pentágono, o prédio mais vigiado e seguro do mundo. No buraco deixado na parede do Pentágono, jamais caberia um Boeing 757, que tem envergadura de 38 metros e pesa mais de 80 toneladas.

Todos os sistemas de defesa aéreo dos EUA falharam, e não são poucos, incluindo a força aérea. Vários dos alegados sequestradores sauditas estão vivos e ficaram chocados ao verem suas fotos e seus nomes como terroristas. A torre 7 do WTC desabou na tarde de 11 de setembro sem que nenhum avião tivesse se chocado contra ela.

Por hoje paramos por aqui, a segunda parte da entrevista você confere no post da próxima semana no dia 23.06, até lá!

GraBarros