Expedição 2012: Deserto do Atacama

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Vulcão Licancabur, deserto do Atacama.

A Expedição ao deserto do Atacama em 2012, foi a viagem que motivou o início deste Blog. Foram 12 dias intensos, de muita estrada, paisagens lindas e lugares inacreditáveis, como o Salar do Atacama.

 

Foi um grande aprendizado para os pilotos e para as garupas, porque uma viagem como essa exige planejamento e parceria. Escolhemos o mês de novembro pela temperatura mais amena e menor risco de neve.

Se pretende fazer uma viagem como esta, dedique alguns minutos para ler o relato, se quer apenas as dicas práticas clique aqui.

Saímos de Ribeirão Preto, interior de SP, em 09 de novembro 2012 e fomos direto para Foz do Iguaçu, ponto de encontro com o grupo. Fomos em 4 motos, 3 V-Strom e 1 Super Teneré.

No dia seguinte iniciamos nossa expedição rumo a Corrientes na Argentina, um trecho curto de aproximadamente 600 km. Logo depois da fronteira Brasil/Argentina, tem uma unidade do Exército Argentino, fiquem atentos, respeite a sinalização.

Em Corrientes, nos hospedamos no Astro Apart Hotel, excelente localização e estrutura, fica na região central com várias opções de restaurante. Sem muita badalação porque um trecho longo estava programado para o dia seguinte, até Salta/AR.

Esse trecho é praticamente uma reta de quase 700 km, é a província do Chaco, uma planície com pastagens e risco de animais na pista e com poucas opções de abastecimento. Andar em uma reta, pista simples, com uma paisagem quase estática é muito cansativo. E, atenção com os buracos!Prepare um play list agitado caso tenha um comunicador.

ATENÇÃO motociclistas: saindo de Corrientes tem uma ponte que motos não podem passar e advinha? Policia te esperando para dar uma colaboração financeira, já que você tentou passar onde não pode. Olhe as placas indicando que tem que dar uma volta e não simplesmente atravessar a ponte.

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Igreja de Salta, na Argentina.

Salta/AR, que cidade aconchegante. Com seus prédios históricos e uma região central com vários restaurantes e cafés, um clima ameno bem propício a saborear um vinho. Nos hospedamos no Wilson Hotel, muito simples e antigo, mas bem localizado. É possível encontrar outras opções melhores, pesquise no Booking.

Agora segue o trecho mais importante da viagem, de Salta/AR a San Pedro de Atacama no Chile, nosso destino maior. São apenas 530 km, mas, é preciso fazê-lo com calma.

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Saindo de Salta/AR, já tem uma Serra bem estreita, com curvas “curtas e fechadas”. Depois a entrada na província de Jujuy na Argentina divisa com o Chile. Passando a fronteira, entramos em região de Paso de Jama e as Cordilheira dos Andes que nos leva à San Pedro de Atacama.

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Vento no Atacama no final da tarde.

Esse dia exigiu tudo e mais um pouco do grupo. A mistura, altitude, curvas, ventos laterais, paisagens extraordinárias, pouca opção de alimentação, nos levou ao limite.

Sabe aquela história que lemos nos blogs, “não passe nas Cordilheiras após as 14:00h por causa do vento lateral…” é VERDADE.

Outra coisa muito importante, leve barrinhas e uma garrafa de água, é suficiente para não passar mal caso demore muito a travessia por qualquer razão.

Sugestão: em Jujuy, encontra-se Maimara, uma doce cidade que ficamos na volta, com uma pousada de um brasileiro, o Fabiano. Faça a divisão de quilometragem e fique em Maimara antes de cruzar a fronteira e a Cordilheira.

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Salar do Atacama.

Cruzar a Cordilheira dos Andes é uma satisfação para qualquer motociclista, é difícil descrever a emoção de olhar para o horizonte e sentir o infinito.

San Pedro de Atacama, é uma vila, ponto de encontro entre os viajantes do mundo inteiro que movimentam a cidade e seus restaurantes até altas horas da noite. Uma experiência cosmopolita. É também de onde saem os Tours para o Deserto. Ficamos 3 dias para fazer os principais passeios.

São eles: Valle de la Lua e de la Muerte, El Tátio e as Lagosa Altiplânicas. Leia com mais calma.

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Ilhama a Lo Pobre.

Se prepare, seus olhos não vão acreditar naquelas paisagens! Experimente a gastronomia local. Participar, mesmo que apenas por alguns dias, da cultura de um povo é o maior legado que a viagem nos proporciona.

Hora de retornar.

A primeira parada na volta foi em Maimara/AR, na província de Jujuy. Uma pequena cidade, com uma recepção carinhosamente brasileira, procure pelo Fabiano no Hostel Flor de Maimara. Trecho lindo, com suas montanhas coloridas.

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Humahuaca, província de Jujuy na Argentina.

Ficamos 2 dias passeando pela região.Visitamos Humahuca e seu monumento Heroes de la Independência, símbolo da batalha entre argentinos, peruanos e bolivianos, e apesar da vitória argentina, os costumes e a descendência peruana é muito forte no povoado. E visitamos a Bodega Fernando Dupont.

Nos dias seguintes tivemos dois longos trechos para chegar em casa na data programada. De Maimara para Resistência (930 km – ainda na Argentina)e depois até Foz do Iguaçu (640 km) e finalizando em Ribeirão Preto/SP, os últimos 970 km.

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Essa viagem foi um desafio para o grupo, a convivência por 12 dias, com um roteiro extenso de quase 7.500 km, deu origem a um vínculo diferente entre nós. Aprendemos muito sobre o que realmente importa e sobre o que é ser motociclista.

Se fosse para fazer uma analogia, eu diria que é como um time na disputa de um campeonato, cada trecho é um jogo e a vitória é concluir o roteiro e voltar para casa com muitas histórias para contar!

Veja mais fotos.

 

GraBarros

 

 

 

 

 

 

 

 

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