O título “Estrada Real” hoje conhecido para denominar uma região turística, teve origem no período Brasil Colônia e era empregado para nomear qualquer rota terrestre de exploração econômica e principalmente interligando as minas de exploração de mineração ao porto do Rio de Janeiro por onde escoavam toda a produção para a Coroa portuguesa.
Muitos Caminhos foram abertos, como o das Minas Gerais, Caminho da Bahia, Caminho do Rio de Janeiro, Caminho dos Diamantes e Caminho de São Paulo. Alguns foram mudando de nomenclatura com o passar dos anos.
Recentemente, em 2001, observando o interesse de viajantes pela região devido ao seu legado histórico e natureza abundante, o Instituto Estrada Real, criado pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais, formulou um projeto turístico chamado Estrada Real, que trouxe mais visibilidade para a região, informações e apoio aos turistas.
É um roteiro “bem cotado” entre os motociclistas, mas deve-se observar que 80% das estradas são de terra.
A Estrada Real é dividida em quatro Caminhos: Caminho Velho (também conhecido como Caminho do Ouro), Caminho Novo, Caminho dos Diamantes e Caminho Sabarabuçu.
Toda a região é riquíssima em natureza e atrações para todos os gostos. Desde esportes radicais como rapel, trekking e trilhas, cachoeiras, passeio de Maria Fumaça, degustação gastronômica (cervejas, cachaças e cafés artesanais) e as visitações históricas incluindo o Inhotim.
As informações abaixo sobre quilometragem e percentuais de asfalto, trilhas e terra foram fornecidas pelo Instituto Estrada Real.
Caminho Velho – Caminho do Ouro
De Ouro Preto/MG à Paraty/RJ
710 km – 27 trechos – 10% asfalto – 2% calçamento – 6% trilhas e todo o restante terra.
Foi o primeiro Caminho aberto pela Coroa, no século XVII com o objetivo de ligar as minas do interior de Minas Gerais (Ouro Preto) ao litoral do Rio de Janeiro e os tropeiros demoravam 60 dias para fazer o percurso.
Fazem parte do Caminho Velho, também conhecido como Caminho do Ouro, as cidades: Ouro Preto, Tiradentes, São João del-Rei, Caxambu e Paraty.
Caminho Novo
De Ouro Preto/MG ao Rio de Janeiro/RJ
515 km – 18 trechos – 32% asfaltos – 5% trilhas e o restante terra.
O Caminho Novo foi uma segunda rota, mais rápida e alternativa para transportar a produção das minas para o porto do Rio de Janeiro.
Fazem parte do Caminho Velho, também conhecido como Caminho do Ouro, as cidades:Ouro Preto, Lavras Novas, Juiz de Fora, Paraíba do Sul, Petrópolis e Rio de Janeiro/RJ.
Caminho dos Diamantes
395 km – 18 trechos – 26% asfalto – 0,5% trilhas e o restante terra.
Em 1729 as pedras preciosas da região de Diamantina se destacaram com grande valor econômico, para viabilizar o acesso foi aberto o Caminho dos Diamantes, ligando Diamantina/MG à Ouro Preto/MG onde já havia uma concentração mineradora.
Fazem parte do Caminho Velho, também conhecido como Caminho do Ouro, as cidades: Diamantina, Serro, Mariana e Ouro Preto.
Caminho Sabarabuçu
160 km – 6 trechos – 23% trilhas e o restante terra.
Ao percorrer o Caminho dos Diamantes, de um certo ponto da estrada, os tropeiros avistaram uma luz dourada no topo de uma montanha há alguns quilômetros e fizeram uma rota alternativa para verificarem se era ouro. Porém tratava-se apenas de minério de ferro e essa “alça” no Caminhos passou a se chamar Caminho de Sabarabuçu.
Fazem parte do Caminho Velho, também conhecido como Caminho do Ouro, as cidades: Cocais, Caeté, Sabará, Glaura e Ouro Preto.
Para falar das atrações de cada Caminho, vamos publicar uma série de 4 posts e detalhar o que cada percurso oferece aos seus visitantes. Como as publicações do Blog são semanais, temos 4 encontros marcados para conhecermos juntos a Estrada Real do começo ao fim, todos os seus desafios e beleza!
GraBarros