“Arachá”, lugar alto de onde primeiro se avista o sol, significado em tupi. E foi assim que a tribo descendentes dos Cataguás definiram seu território. Tribo que posteriormente ficou conhecida como os índios “Arachás”, origem da atualmente e doce cidade de Araxá/MG.
Araxá/MG está localizada próxima ao triangulo mineiro, é uma cidade com traços turísticos e uma rica e preservada história. Com aproximadamente 102 mil habitantes, os araxaenses são muito cordiais e simpáticos.
A cidade se divide entre a região central e a do Barreiro. No primeiro encontra-se o Memorial Araxá com peças que contam a história das principais famílias Araxaenses, a Igreja Matriz, o Museu Dona Beja, o Museu Calmon Barreto, o Teatro Municipal recém inaugurado, os Doces Joaninha e no entorno bares e restaurantes. Já no Barreiro, a atração é o Grande Hotel, inaugurado em 1944 pelo presidente Getúlio Vargas, com seus 283 quartos e toda estrutura épica colonial impressionante.
Para explorar todas as opções, sugere-se de quinta-feira à domingo no mínimo ou que programe um final de semana para a região central e outro para uma hospedagem no Grande Hotel.
Região Central
Hospede-se nela, porque os pontos turísticos ficam concentrados ao redor da praça central, que mais parece um grande canteiro.
Comece pelo Memorial Araxá, a entrada custa R$ 10,00 e pelo mesmo ingresso é possível visitar o Museu Calmon Barreto e o Museu Sacro. Na visitação ao Memorial fui acompanha pela guia Miriam que me passou informações valiosas sobre toda a história daquele lugar.
O Memorial Araxá é um casarão do século XIX, pertencente a Família Porfírio. Na história mais recente, o maestro Elias Porfírio de Azevedo e sua amada esposa Maria Dolores de Azevedo, tiveram 10 filhos, apesar de cada um seguir uma profissão, todos aprenderam a música e tocavam na Orquestra Porfírio que mais tarde tornou-se a Banda Santa Cecília, que existe até hoje. Nos dias de ensaio, as grandes janelas do casarão eram abertas e a população ficava em frente prestigiando os músicos.
Além da Família Porfírio, várias outras tão importantes quanto, também estão no Memorial.
Museu Dona Beja
Famosa por sua beleza, Dona Beja é um personagem interessante da cidade, além do seu Museu, tem uma fonte termal no Grande Hotel que leva seu nome. Conta a história que ela se banhava naquelas águas e que esse era o segredo da sua formosura.
Museu Calmon Barreto
O escultor e pintor, nasceu em Araxá no ano de 1909 e aos 11 anos foi para o Rio de Janeiro em busca de novas oportunidades. Lá ingressou na Escola Nacional de Belas Artes. Atuou na Casa da Moeda até ser premiado com uma viagem de 2 anos de estudos pela Europa, prêmio conquistado em 1929 no Salão Nacional de Belas Artes.
Trouxe da Europa um estilo modernista e realista, seus quadros se assemelham a muitos pintores famosos que tivemos a oportunidade de conhecer no Museu do Prado em Madri/ES.
Doces Joaninha
A loja de doces da Dona Joaninha tornou-se parte do roteiro turístico da cidade. Produzidos desde 1970, iniciou-se com doces em compota, hoje é possível encontrar várias delícias na sua loja. A Dona Joaninha é a única doceira citada no Guia 4 Rodas no Roteiro do Circuito das Águas.
A Noite Araxaense
Na Avenida Imbiara se concentra os bares, pubs e restaurantes de movimento noturno. Fomos na Mundial Cervejaria e Temakeria e no Duk Pub.
A Mundial Cervejaria e Temakeria oferece vários pratos de comida japonesa entre eles temakis e mais de 200 rótulos de cervejas artesanais.
O Duk Pub tem um público legal, de idade entre 30 e 40 anos, com boa música e porções, ótimo para fechar a noite.
Neste dia um destaque para a Banda Teed de Franca/SP, arrasaram!
Ambos com ótimo custo- benefício.
O Grande Hotel
Uma obra grandiosa, inaugurada em 1944 e em funcionamento desde então. O Hotel é do Estado e sua concessão atualmente está com o Grupo Hoteleiro Tauá. Com sua arquitetura colonial e decoração interna neoclássica, enche os olhos dos seus hospedes e visitantes, sua área externa com lagos e jardins projetados por Burle Marx completam o cenário em harmonia.
O Grande Hotel está ligado as Termas Araxá por uma galeria suspensa anexa ao prédio, além dos seus 283 apartamentos, salões de festa e eventos e restaurantes. No passado funcionou em suas dependências um Cassino.
Na área das Termas encontra-se a piscina emanatória, a sauna, o banho escocês e um spa com vários serviços como banhos energéticos, relaxantes e massagens. O mais incrível é que no meio da galeria há uma mandala imensa na qual senta-se no centro e devido a um fio de cobre concentrado ocorre uma troca de energia, ao olhar para cima vitrais delicadamente desenhados completam o ambiente.
Os serviços de spa e o acesso a piscina emanatória são pagos separadamente e liberados para um acesso direto da área externa, sem ter a necessidade de estar hospedado no hotel.
O Grande Hotel só oferece hospedagem com pensão completa e uma série de atrações como caiaque, bicicletas para locação, cavalos e uma programação diária de jogos, sessão de cinema etc.
Para os motociclistas viajantes o melhor acesso a cidade é por Uberaba/MG – Araxá/MG, a estrada até Uberaba é pista dupla e depois apesar de simples no trecho até Araxá tem sinalização.
GraBarros